Governo de Minas adere ao ato simbólico Hora do Planeta

O Governo de Minas aderiu à campanha da ONG internacional WWF e participará da Hora do Planeta, ato simbólico que será realizado neste sábado (28), quando governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.

Assim, das 20h30 às 21h30 deste sábado, as luzes do Palácio da Liberdade, sede do Governo do Estado, e da sede do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) (rua Espírito Santo, 495 – Centro) estarão apagadas. No Brasil, já são 79 cidades brasileiras que se comprometeram a apagar suas luzes no dia 28, durante uma hora, junto com mais de 2.800 cidades no mundo inteiro.

“O Governo de Minas Gerais entende como fundamental a participação da administração pública na promoção do conhecimento e discussões sobre as mudanças climáticas globais. Os governos devem, antes de mais nada, dar o exemplo aos cidadãos. Esperamos que com esse gesto as pessoas se inspirem a tomar atitudes semelhantes, atos simples como apagar luzes que desnecessariamente permanecem acesas, mas que certamente irão contribuir para que nós e as futuras gerações possamos desfrutar de um planeta sadio, agradável e ambientalmente sustentável”, disse o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho.

O secretário lembra que a população planetária é seis vezes maior, sete vezes mais rica e usa quatro vezes mais energia do que no começo do século XX, e as emissões de gases causadores do efeito estufa aumentaram na mesma proporção. Caso a taxa de crescimento e consumo do planeta continue no ritmo atual, a população mundial chegará, em 2050, a cerca de 10 bilhões de pessoas, o que significaria alta probabilidade de um aumento de 2ºC na temperatura. Isso acarretaria alterações no nível dos mares, rios e nas precipitações pluviométricas, produzindo um efeito cascata em toda a cadeia de produção mundial de alimentos.

“É por isso que Minas Gerais apóia e participa de ações como a “Hora do Planeta”, promovida por uma ONG respeitada internacionalmente, a WWF. Não se faz mudança sem engajamento da sociedade e, em Minas, o governo atua para que a administração pública esteja em sintonia com os todos os setores sociais”, afirma José Carlos Carvalho.

Do REDE BLOGO

Denúncia - Escola para aula e põe aluno para fazer faxina

O dia ontem na escola estadual Francisco de Paula Vicente de Azevedo, no Parque Bologne (zona sul de SP), começou um pouco diferente. Alunos e professores trocaram os cadernos e lápis por vassouras, rodos e baldes e, em vez de aulas, eles tiveram outra atividade: fazer faxina.

Por causa da falta de funcionários na escola administrada pelo governo estadual, pais de alunos, estudantes e professores organizaram um mutirão para limpar o prédio de dois andares, que atende 917 crianças e jovens do ensino fundamental.

Os "voluntários" tiveram trabalho para limpar as 16 salas de aula, além de quadras, banheiros e outras dependências da unidade. A limpeza começou cedo. Às 7h, cerca de 20 alunos e professores já lavavam as salas de aula.

A faxina, que estava prevista para durar o dia todo, começou no segundo andar do prédio e iria se estender até a parte de fora, já que o mato ao lado da quadra poliesportiva, por exemplo, chegava a quase um metro de altura.
Para estudantes, a faxina era quase diversão. "Minha mãe me mandou ajudar, já que não tem aula mesmo. É legal porque a gente se diverte também", conta um aluno de 13 anos da 8ª série.

Já os professores não acharam nada divertido. "Não tem cabimento a gente perder um dia de aula para fazer faxina. Mas, por outro lado, também não dá para dar aulas em um lugar imundo", contou uma docente, que pediu que seu nome não fosse divulgado. A aula perdida hoje será reposta, segundo os funcionários.

Os pais estão indignados. Eles contam que, desde o ano passado, há apenas duas funcionárias que trabalham na escola e que são responsáveis pela merenda. Uma é encarregada do lanche da manhã, a outra cuida do turno da tarde. Além da comida, o máximo que elas conseguem é limpar os banheiros.

O mutirão de ontem foi o segundo: o anterior aconteceu no final do ano passado.

Os estudantes reclamam. "A gente não pode nem tomar água, porque a pia é imunda. O banheiro, então, nem se fala", conta uma jovem.

A limpeza básica das salas de aula e das outras dependências fica por conta dos próprios alunos e professores. "Às vezes eles dão uma vassoura e alguns panos e nós mesmos limpamos a sala de aula", conta uma outra aluna de 13 anos, da 8ª série.

Os professores, além de preparar aulas, ensinar e corrigir provas, também cuidam da faxina. "O pátio fica uma sujeira depois do intervalo. Damos um jeito, mas não resolve", diz um professor.

Procurada, a direção da escola pediu para procurar a Secretaria de Estado da Educação. O governo José Serra (PSDB) diz que um funcionário da unidade está em férias e que contratará uma empresa especializada.

Por Jéssika Torrezan no Portal Denuncia